Somente Jesus, em sua capacidade de tornar simples as coisas mais complexas do mundo, poderia resumir em dois elementos culturalmente universais a essência de toda a fé cristã. Sem dúvidas, podemos considerar o nascimento, a morte e a ressurreição de Jesus, como a apoteose do cristianismo, ou seja, o momento de grande impacto e glória de seu ministério.
Na ministração da última páscoa, o Senhor relacionou o pão com o seu corpo e o vinho com seu sangue. Esses elementos se tornariam designadores dos eventos que mudariam a história da humanidade. O pão simboliza o maná que desceu do céu, o sustento incomparável de nossa existência, o verbo que se fez carne e habitou no meio de nós. Entretanto, o pão partido é alusivo ao sofrimento que Jesus sentiu no seu próprio corpo. O sangue vertido fez expiar os nossos pecados nos livrando de todas as acusações de morte. Como olhar para o vinho e não lembrar disso? Como tomá-lo e não sentir o misto de uma angústia de morte e um alívio de vida servidos no mesmo cálice? Que Graça maravilhosa! Que mistério insondável! Somente Jesus…
Contudo, esse sacramento tão simples revela ainda algo extraordinário. Quando falamos em apoteose, devemos pensar em alguns estágios apoteóticos. O Primeiro foi o mais simples diante dos homens, presenciado por alguns pastores em Belém e alguns magos do Oriente. O Segundo, sua morte e ressurreição. Esse já teve a grande Jerusalém como expectadora. Mas Jesus, na ministração da ceia, desafia nossa mente e nossa fé. Ele diz que o pão e o vinho serão tipologias dele até que ele venha. Ele vai voltar! O último ato da apoteose terá o mundo por testemunha, todo o olho verá e todo ouvido ouvirá, todo joelho se dobrará e toda língua confessará que ele é o Senhor. Nessa páscoa, deixe o pão e o vinho contarem essa história ao seu coração!
Rev. LG