Nessa última semana o Brasil viu, com profunda tristeza, duzentos anos de história se transformar em cinzas com o incêndio do Museu Nacional do Rio de Janeiro. Uma catástrofe tragicamente anunciada. O descaso, a falta de manutenção e a falta de recursos básicos transformaram parte da beleza, da memória e do orgulho de uma nação em cinzas.
O que era ruim consegue ficar pior quando o governo anuncia uma verba emergencial para tentar recuperar algo entre os restos. Então todos, com o mínimo de bom senso, perguntam: mas agora que tudo virou cinzas é que o governo vai liberar verba? Por que não fizeram alguma coisa antes? É tão simples essa questão. Não é???
Não!!! Não é tão simples!!! Eu vejo esse incêndio como uma denúncia “profética” pra nossa geração. Temos vivido nossas vidas sem manutenção, sem investimentos, sem cuidados básicos para o corpo e para a alma. Temos negligenciado o “prédio” que arquiva a beleza e a memória da nossa vida.
Quantos incêndios por dia não transformam em cinzas a história de tantos indivíduos e de tantas famílias> Quantos desses incêndios não poderiam ser evitados com manutenção e cuidados básicos? Quantos de nós não vão em busca de verbas para cuidar de suas próprias cinzas?
Se é verdade que todas as coisas cooperam para o bem (Rm. 8.28), a primeira coisa que me vem à mente nessa tragédia cultural é um alerta para uma tragédia pessoal e familiar. “Se o Senhor não edificar a sua casa, em vão trabalham os que a edificam.” Faça alguma coisa em sua vida hoje, ANTES DE TUDO VIRAR CINZAS.
Rev. Luiz Gustavo Castilho