Gratidão a Deus é um tema de extrema importância e relevância para a vida cristã e, definitivamente, algo que compreendemos com superficialidade. Gratidão a Deus não é apenas uma demonstração verbal ou gestual responsiva a um benefício que recebemos. Muito mais que isso, a gratidão é um antídoto permanente que nos protege de doenças oportunistas que surgem em função de nossa contaminação pelo pecado.
Uma das mais perigosas, oportunistas e comuns doenças espirituais é a murmuração. Ela surge naturalmente sempre apoiada em algumas de nossas lógicas pessoais e muitas vezes é respaldada pelo senso do direito da liberdade de expressão. A murmuração é um mal epidêmico que não apenas entorpece, mas desqualifica e cauteriza o verdadeiro senso de gratidão a Deus.
Em Êxodo 14.10 o povo de Israel – mesmo depois de ter visto as maravilhas do Senhor em livrá-lo do Egito – na primeira dificuldade manifestou os sintomas dessa doença terrível. A epidemia se espalhou, a gratidão a Deus foi desqualificada (porque só durava o tempo da próxima dificuldade) e se cauterizou ao ponto de o povo dizer que sua alma tinha fastio desse pão vil (se referindo ao maná Nm 21.4,5). Por essa razão esse povo andou sem direção e não chegou a lugar algum. Foram poucos os que saíram entre milhares do Egito e chegaram a Canaã.
A verdadeira gratidão a Deus só pode ser restaurada ou plantada em nosso coração se nele houver uma organização de prioridades. Quando o mais importante para nós for fazer a vontade de Deus, em Cristo Jesus. Assim, seremos mais gratos que murmuradores, vamos agradecer mais que reclamar. Reclamação contínua não é normal, insatisfação contínua com a obra do Senhor não é normal, não cabe dentro da vida cristã prescrita nas Escrituras.
Decida centralizar Jesus e seu Reino, não a sua denominação, não seu ministério, não sua vida profissional ou pessoal. O salmo 37 pode te ajudar nisso: “entrega o teu caminho ao Senhor (não espere fazer seu próprio caminho, as coisas não têm que ser do seu jeito) confia nele (não confie somente em você) e o mais ele fará (Ele fará!). Gratidão não é só palavra, é vida!
Rev. Luiz Gustavo Castilho