A questão mais importante que deve nortear o pensamento cristão nesses dias de crise que vivemos é que o céu ainda governa. A história grita eloquentemente que maus governos, maus líderes e tempos de trevas fazem parte da história da humanidade e revelam a maldade e incapacidade dos homens e não um desgoverno de Deus.
Desde o tempo de Moisés, no Egito, governos e governadores esmagaram e oprimiram nações inteiras. Na Babilônia foi assim, em Roma, na China Imperial, nas Cruzadas, na Europa medieval, nas Américas (nos descobrimentos), na França (antes da Revolução), na Alemanha de Hitler, na União Soviética e sua dissolvição; hoje, na Coreia do Norte; desde sempre na África. Mau governo não é um problema exclusivo do Brasil, estará sempre onde está o homem.
Contudo, o sentimento que nos invade é consoante ao do salmista que contempla a aparente prosperidade do ímpio e se entristece achando que Deus se esconde na tribulação (Sl 10.1) ou se esquece dele (Sl 13.1). Podemos ver esse dilema em outros Salmos, como por exemplo no 14, 17, 30, 37, 58, 73, 83, 94, 109, 140. Mas na teologia do Salmo prevalece a soberania de Deus, e o Senhor é apresentado como a única esperança do povo: “elevo os meus olhos para os montes, de onde virá o meu socorro, o meu socorro vem do Senhor, que criou os céus e a terra” (Sl 121).
Nessa crise e desesperança que paira sobre a nação, olhe para Jesus. Olhe para o Senhor! Os ímpios receberão seu castigo. Os justos, no tempo certo, seu galardão! Não se perca em seus sentimentos. Essa teologia não deve nos encarcerar em uma neutralidade. Precisamos de bons cristãos chamando erro de erro, pecado de pecado. O que não precisamos é de crentes sendo influenciados e tropeçando nessa política suja, trocando sua primogenitura espiritual por sopas de lentilhas imundas compartilhadas nas redes sociais. Precisamos de Cristãos dizendo para essa nação: elevem seus olhos para os montes, o céu ainda governa!!!
Rev. LG