“Encontraram-se a graça e a verdade, a justiça e a paz se beijaram” (Sl 85.10).
O texto em tela aponta para Jesus, o Verbo que se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade. Destaca a consumação de sua obra na cruz. A crucificação era a pena de morte mais cruel no primeiro século. Só os criminosos mais execrandos eram punidos assim. Jesus foi condenado à morte de cruz sob a acusação de crime contra Deus (blasfêmia) e contra César (fazer-se rei). O poder religioso e o político se uniram para condenar Jesus.
A cruz de Cristo tornou-se o cenário mais vívido para demonstrar o amor e a justiça de Deus. Naquele palco de horror, o amor de Deus foi despejado abundantemente, pois o Pai não poupou seu próprio Filho, antes por todos nós o entregou (Rm 8.32). Deu-o para habitar entre nós, morrer por nós e levar sobre si os nossos pecados. A cruz revela a justiça de Deus.
Era impossível o homem pecador reconciliar-se com o Deus santo sem que seu pecado fosse punido e sem que sua culpa fosse removida. Jesus carregou sobre si, no madeiro, nossas transgressões. Deus lançou sobre ele a iniquidade de todos nós. Cristo pagou a nossa dívida abrindo-nos os portais do perdão. Fomos justificados. Agora não pesa mais nenhuma condenação sobre aqueles que estão em Cristo Jesus. Fomos reconciliados com Deus. Somos filhos e membros da família de Deus. Nada nem ninguém pode separar-nos do amor de Cristo.
Na cruz de Cristo, a justiça e a paz se beijaram. Deus reivindicou sua justiça e satisfez as demandas de sua lei. Ele é justo e o justificador daqueles que creem. Fomos aproximados pelo sangue de Cristo e, por isso, temos paz com Deus.
O apóstolo Paulo disse: “Mas longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim, e eu, para o mundo” (Gl 6.14). Ainda: “Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado” (1Co 2.2). Que o nosso coração renda louvores a Deus, pela mensagem da cruz! Que nos gloriemos na cruz de Cristo, em nossa jornada rumo à glória!
Rev. Hernandes Dias Lopes