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Eu sei em quem tenho crido

“E, por isso, estou sofrendo estas coisas; todavia, não me envergonho, porque sei em quem tenho crido e estou certo de que ele é poderoso para guardar o meu depósito até aquele Dia” (2Tm 1.12).

 

A mais rica, poderosa e populosa cidade do mundo, Roma, a capital do império, ardeu em chamas sete noites e seis dias, de 17 de julho a 24 de julho do ano 64 d.C. Setenta por cento da cidade queimou. O resultado, um massacre sangrento de cristãos crucificados e queimados vivos. Paulo, como o líder mais conhecido dos cristãos ocidentais, foi preso e jogado nessa prisão imunda, de onde as pessoas saíam leprosas ou para o martírio.

Arruinaram a reputação do veterano apóstolo que plantou igrejas nas províncias da Galácia, Macedônia, Acaia e Ásia Menor. Desconstruíram sua imagem e transformaram-no num desordeiro impiedoso. Todos da Ásia o abandonaram. Esses crentes conheciam Paulo e sua vida irrepreensível. Tinham plena convicção de que ele era inocente e que as acusações eram injustas. Porém, esses irmãos fracassaram na coragem. Acovardaram-se e deixaram Paulo sozinho.

O próprio Timóteo, seu mais próximo colaborador, filho amado, sentiu vergonha das algemas de Paulo. Ficou constrangido em posicionar-se publicamente em favor do apóstolo. Talvez, de todos os esbarros que Paulo sofreu, este foi o que mais lhe comoveu.

Em sua primeira defesa, na audiência onde deveria apresentar suas alegações de inocência, ninguém apareceu para defendê-lo. Ao contrário, todos o abandonaram. Não fosse a assistência do Senhor para revestir-lhe de forças, Paulo teria sucumbido mediante à dor da ingratidão daqueles que conheciam seu testemunho ilibado e que foram fruto de seu ministério.

Paulo escreve a Timóteo sua segunda epístola como um homem no corredor da morte. Diz que o Senhor o revestiu de forças e afirma que valeu a pena viver, pois seu combate foi bom; sua carreira, concluída; sua fé, preservada; sua morte era uma oferta ao Senhor e à sua frente estava a coroação e não meramente o martírio; sua fé estava inabalável e a âncora de sua esperança, firmada em Cristo. Oh, inabalável convicção da glória! Oh, esperança bendita!

 

Rev. Hernandes Dias Lopes

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